sábado, 24 de abril de 2010

Os bichos andavam alarmados, com medo do homem perigoso. Nem sabiam que jeito tinha, mas o leãozinho vaidoso convidou sua amiga, a patinha:
Venha ver, com ele vou lutar. Essa caçada, tão diferente, é o que agora vou contar.
Numa linda ilha no meio do mar, rica de árvores, de frutas, de flores, rios, lagos e cachoeiras, viviam em liberdade mil espécies de animais. O homem não tinha chegado até lá e nenhum dos animais que moravam ali o conhecia.
Certa noite, uma patinha que vivia nessa ilha teve um sonho maravilhoso.
Apareceu-lhe a rainha das patas, que lhe revelou um segredo, dizendo-lhe bem claro:
- Se você nadar três dias e três noites seguidas, em direção ao levante, encontrará uma terra encantada.
A patinha acordou e se pôs imediatamente a caminho. Depois de dois dias de viagem pelo mar, chegou à praia e se atirou na areia, quase morta. Tinha nadado tanto! Dormiu de cansaço e tornou a sonhar com a rainha que lhe dizia:
- Patinha, você se enganou! Eu disse para nadar para o levante e não para o poente. . . Vindo para cá, você cometeu um erro, pois aqui vive um ser terrível: o homem! Tome cuidado!
A patinha acordou sobressaltada. Cheia de medo saiu correndo à procura de um abrigo contra o ser terrível que se chamava homem.
Por fim encontrou um leãozinho, que de preguiça nem abriu os olhos quando lhe indagou:
- Quem é você e a que espécie animal pertence?
- Sou uma patinha, da família das aves. E você?
O leãozinho entusiasmou-se e respondeu cantando:
" Da floresta eu sou rei (por enquanto é o meu pai, mas um dia eu serei). Sou feroz e poderoso, todos ficam a tremer quando urro majestoso. Que raiva, se desafino e Mamãe fico a chamar."
A patinha tremendo de medo, pediu ajuda àquele personagem tão importante que tivera a sorte de encontrar, dizendo:
- Você, que é filho do rei da floresta, podia tentar liquidar o homem, para os animais viverem tranquilos.
- Você tem razão, patinha. . . Meu pai me aconselhou a fugir do homem, mas já estou bastante grande para atacá-lo. Venha comigo.
E o leãozinho pôs-se a caminhar seguido pela patinha, que tentava acertar o passo pelo dele, muito confiante.
- Veja, patinha! Que nuvem de poeira!
- Não será o homem? - indagou ela.
- Acho que não. . . -respondeu o leão. - É um quadrúpede!
Quando se aproximaram, indagou:
- Animal desconhecido, diga quem é!
Diante deles estava um burrinho, que disse:
- Pertenço à espécie asinina e estou fugindo do homem. Ele quer que eu trabalhe muito e coma pouco.
- Que vergonha! - falou a patinha.
- Você teve muita sorte em me encontrar - afirmou o leãozinho. - Estou conduzindo meu exército contra o homem.
- Que exército? - quis saber o burro.
O leãozinho não se apertou:
- Bem, por enquanto o meu exército é esta patinha. Mas, se você se une a nós, eu dou a você o posto de cabo e a patinha eu deixo como simples soldado.
- Aceito - concordou o burro, zurrando de satisfação com o posto.
A patinha não entendia nada de postos, por isso nem ligou. O pequeno exército continuou sua marcha em busca do homem. Daí a pouco apareceu no horizonte outra nuvem de pó.
O leãozinho ordenou:
- Batalhão. . . alto lá! Estão ouvindo um galope? - E, dirigindo-se ao cavalo que se aproximava, indagou - Quem é você e por que corre assim?
- Eu sou um cavalo, pertenço à espécie equina e corro para fugir do homem, que tem mania de montar nas minhas costas - explicou o recém chegado.
- Venha conosco e estará seguro - convidou o leãozinho.
- Vou mesmo com vocês - afirmou o cavalo.
- Batalhão. . . marche! - comandou o capitão leãozinho.
Retomaram o caminho até que o leãozinho ordenou:
- Batalhão. . . alto!
- Mais uma nuvem de pó - observou a patinha. - Quem será agora?
- Silêncio aí na tropa! Falo eu, que sou o comandante. Vejam! Era um camelo, por isso a nuvem de pó desta vez era tão grande.
- Sim, sou um camelo e estou correndo para fugir do homem.
- Não diga! Até você, que é desse tamanho? - admirou-se o leão.
- O homem tem algo mais que a força, é a astúcia - explicou o camelo e isto o ajuda a vencer sempre.
- Veremos! - disse o leãozinho. - Vamos combater o homem. Quer vir conosco?
- De boa vontade- respondeu o camelo. - Quero ver o que vocês vão fazer quando o encontrarem.
- Batalhão. . . marche!
O leãozinho seguiu à frente da tropa, até que de novo ordenou:
- Batalhão. . . alto!
- Não estou vendo nenhuma nuvem de pó- observou a patinha.
- Silêncio aí na tropa! Quem fala sou eu! Não é nenhuma nuvem de pó. É um ser estranho que carrega madeira na cabeça e traz pendurada no braço uma caixa com os ferros!

- Não será o homem? - indagou a patinha.

- Batalhão. . . alto! - comandou o leãozinho. - Eu, que sou mais forte, vou descobrir quem é este ser estranho.






O ser era mesmo um homem, um carpinteiro, carregando madeira e ferramentas. Quando viu o leãozinho, planejou logo capturá-lo. Decidiu que o melhor meio seria usar astúcia e por isso falou manhoso:

- Filho do rei da selva, ajude-me, que estou em apuros.





O leãozinho achou que o estranho reconhecia sua superioridade e respondeu:

- Diga-me antes a que espécie pertence e qual é o seu problema.

- Pertenço à espécie dos carpinteiros e sou perseguido pelo homem.

- Venha comigo, que vou liquidar o homem - rugiu o leãozinho.



- Não posso ir junto porque tenho de levar estas madeiras que carregava na cabeça.


- Para quem você vai levar essas madeiras? - quis saber o leãozinho.

- São uma encomenda do ministro do pai de Vossa Alteza. Quer que eu faça uma casa para ele.





- E você vai fazer a casa da pantera, que é apenas o ministro do meu pai, antes de fazer a minha, que sou filho do rei da floresta?

- Posso fazer uma casa para você - assegurou o carpinteiro, mas eu nem sabia que você queria uma casa!

- Quero a casa e exijo que seja imediatamente - ordenou o leãozinho.


Conforme disse, o leãozinho ergueu as patas da frente e empurrou o carpinteiro pelos ombros fazendo-o perder o equilíbrio e cair sentado no chão.

- Quero que faça uma casa para mim.

- E a pantera? - indagou o carpinteiro.

- A pantera que se dane! Comece logo a minha casa.

O carpinteiro que era muito manhoso, tinha conseguido o que queria. Desde o começo que não contara que era um homem, fizera o plano de aprisionar o leãozinho e só para lográ-lo inventara essa história de construir uma casa.

Quando o trabalho já estava quase pronto, disse com muito jeito:

- Experimentar para quê?

- Não quero que depois você se queixe que ficou muito estreita ou mal ventilada - explicou o carpinteiro.






O leãozinho meteu-se na caixa, embora com certa dificuldade, queixando-se:

- Puxa! Não consigo enfiar todas as pernas aqui dentro!

O carpinteiro estimulava:

- Precisa um pouquinho de jeito para morar em casa.

O leãozinho suava para acomodar-se e dizia:








- Já estou quase dentro.

- Força, amigo!

- Agora vou experimentar o teto - falou o carpinteiro.






O carpinteiro bem depressa colocou a tampa na caixa e pregou com marteladas rápidas e seguras. Lá dentro o leãozinho gritava:

- Carpinteiro! Abra a porta, que a casa é muito estreita.

- Mais estreita vai ser a jaula - respondeu o carpinteiro.

- Você queria matar o homem e o homem aprisionou você.










- Quer dizer que você é um homem? - admirou-se o leãozinho.

- Claro que sim - afirmou o carpinteiro. - E venci sua força e ferocidade com minha astúcia e inteligência.




Ao verem o que acontecia, o burro, o cavalo, o camelo e a patinha acharam que estava dissolvido o batalhão de caça ao homem.



O burro comentou:

O leãozinho caiu como um pato.



A patinha respondeu:

- Deixou-se prender como um burro, isso sim!



O cavalo aconselhou:

- Melhor voltarmos à nossa vida de antes.

- Acho que eu tenho mesmo é que puxar carroça - disse o burro.

- E eu de carregar o homem - conformou-se o cavalo.



- Eu vou me reunir a uma caravana no deserto - foi a despedida do camelo, afastando-se do grupo.

A patinha tomou o rumo do mar e se pôs a nadar em direção a sua ilha rica de árvores, frutas, flores, rios, lagos e cachoeiras, onde o ser terrível e astuto, chamado homem, não tinha chegado ainda.

Fábula Oriental
Os animais dos campos e das florestas discutiam: qual deles seria capaz de ter maior número de filhos.

Nesse momento, passou a leoa. Os animais fizeram-na parar e lhe disseram:

- Estamos tentando saber qual de nós tem maior ninhada. Quantos são os seus filhos em cada ninhada?

- Um só - respondeu a leoa.


- Mas, lembrem-se: é um leão!

Valor vale mais que número.
Caía a tarde na selva. E ao longe pelos caminhos, ouvia-se a passarada que regressava a seus ninhos.
Na beira de uma lagoa, os sapos em profusão, cantavam bem ritmados, a sua velha canção. No mais, tudo era silêncio.
No entanto, nesse momento, surgiu um velho leão, a procura de alimento. Andava orgulhosamente, com passos lentos, pesados. E por onde ele passava, os bichos apavorados, fugiam para suas tocas, deixando livre o caminho.
Porém, eis que de repente, surgiu um pobre ratinho. O leão não perdeu tempo e assim estendendo a pata, alcançou o pobrezinho que corria pela mata.
- Vejam só, que sorte a minha! Abocanhei-te seu moço. Tu não és lá muito grande, mas já serve para o almoço!
- Tenha piedade senhor! - Oh, solte-me por favor! Do que lhe serve matar-me! Pois veja bem, se me come, eu sou tão pequenininho, que mal posso matar-lhe a fome.
- Pensando bem, tens razão! Eu vou soltar-te ratinho. O que ia fazer contigo, assim pequeno, magrinho. Segue em paz o teu passeio. Não vês, sou teu amigo, para mim de nada serves, quase não pode contigo!
- Seu Leão, esse favor, eu jamais esquecerei. Se puder, algum dia, ainda lhe pagarei.
- Oh! - Pagar-me? Ora! Tu mal aguenta contigo! O que poderias fazer a meu favor, pobre amigo!
- Não sei, não sei majestade, mas prometo-lhe outra vez, algum dia, hei de pagar-lhe, o grande bem que me fez
E assim dizendo, o ratinho correu e muito feliz entrou no seu buraquinho. E o leão tranquilamente, embrenhou-se na floresta.
Entretanto, de repente . . .
- Vejam, meninos, que horror!
O pobre animal, caiu na rede de um caçador. E a fera se debatendo de raiva e pavor, urrava!
E quanto mais se esforçava, mais a corda o enlaçava.
Nesse instante, o tal ratinho, que de longe tudo ouvia, chegou perto do leão, que urrando se debatia.
- Não se aflija meu amigo, aqui estou para salvá-lo. Espere. Fique tranquilo, pois vou tentar libertá-lo. Deixe-me roer a corda que o prendeu... assim...assim... não se mexa por favor, descanse e confie em mim.
E o ratinho foi roendo, roendo insistentemente, até que a corda cedeu e arrebentou finalmente!
- Pronto, estou livre afinal! - Muito obrigado ratinho. O que seria de mim sem tua ajuda, amiguinho!
E o ratinho humildemente, cheio de satisfação, estendeu sua patinha ao grande e velho leão!
- Amigo, não me agradeça, entretanto aprenda bem, não faça pouco dos fracos, confie neles também
- E o leão compreendeu esta lição acertada!
Mais vale a calma e a prudência à fúria desenfreada
E o leão, aprendeu a lição!
"Mais vale, a calma e a prudência, à fúria desenfreada."
"Os pequenos amigos podem se revelar seus grandes aliados."
Fábula de Esopo recontada por Jean de La Fontaine














Empoleirado em um alto galho de árvore, o galo estava de sentinela, vigiando o campo para ver se não havia perigo para as galinhas e os pintinhos que ciscavam o solo à procura de minhocas.
A raposa, que passava por ali, logo os viu e imaginou o maravilhoso almoço que teria se comesse um deles.
Quando viu o galo de vigia, a raposa logo inventou uma historinha para enganá-lo.
- Amigo galo, pode ficar sossegado. Não precisa cantar para avisar às galinhas e os pintinhos que estou chegando. Eu vim em paz.
O galo, desconfiado, perguntou:
- O que aconteceu?
As raposas sempre foram nossas inimigas. Nossos amigos são os patos, os coelhos e os cachorros.
Que é isso agora?
Mas a espertalhona continuou:
- Caro amigo, esse tempo já passou!
Todos os bichos fizeram as pazes e estão convivendo em harmonia. Não somos mais inimigos. Para provar o que digo, desça daí para que eu possa lhe dar um grande abraço!
O que a raposa queria, na verdade, era impedir que o galo voasse para longe. Se ele descesse até onde ela estava, seria fácil dar-lhe um bote.
Mas o galo não era bobo.
Desconfiado das intenções da raposa, ele lhe perguntou:
- Você tem certeza de que os bichos são todos amigos agora? Isso quer dizer que você não tem mais medo dos cães de caça?
- Claro que não! - confirmou a raposa.
Então o galo disse:
- Ainda bem! Porque, daqui de cima estou avistando um bando que vem correndo para cá.
M
as, como você disse, não há perigo, não é mesmo?
- O que?! - gritou a raposa, apavorada.
- São os seus amigos! Não precisa fugir, cara raposa. s cães estão vindo para lhe dar um grande abraço, como esse que você quer me dar.
Mas a raposa, tremendo de medo, fugiu em disparada, antes que os cães chegassem.
"Muitas vezes, quem quer enganar acaba sendo enganado. "

Fábula de Jean de La Fontaine
A água do lago estava tão limpa que parecia um espelho.

Todos os animais que foram beber água viram suas imagens refletidas no lago.

O urso e seu filhote pararam admirados e foram embora.

O alce continuou admirando a sua imagem:

- Mas que bela cabeça eu tenho.

De repente, observando as próprias pernas, ficou desapontado e disse:

Nunca tinha reparado, nas minhas pernas. Como são feias! Elas estragam toda a minha beleza!

Enquanto examinava sua imagem refletida no lago, o alce não percebera a aproximação de um bando de lobos que afugentara todos os seus companheiros.

Quando finalmente se deu conta do perigo, o alce correu assustado para o mato. Mas, enquanto corria, seus chifres se embaraçavam nos galhos, deixando-o quase ao alcance dos lobos.

Por fim o alce conseguiu escapar dos perseguidores, graças às suas pernas, finas e ligeiras.

Ao perceber que já estava a salvo,



o alce exclamou aliviado:

- Que susto! Os meus chifres são lindos, mas quase me fizeram morrer!


Ah, se não fossem as minhas pernas!

"Não devemos valorizar só o que é bonito, sem valorizar o que é útil."

Fábula de Jean de La Fontaine
Uma formiga sedenta veio à margem do rio para beber água.
Para alcançá-la, devia descer por uma folha de grama. Quando assim fazia, escorregou e caiu dentro da correnteza.
Uma pomba, pousada numa árvore próxima, viu a formiga em perigo.

Rapidamente, arrancou uma folha da árvore e deixou-a cair no rio, perto da formiga, que pode subir nela e flutuar até a margem.
Logo que alcançou a terra, a formiga viu um caçador de pássaros, que se escondia atrás duma árvore, com uma rede nas mãos.
Vendo que a pomba corria perigo, correu até o caçador e mordeu-lhe o calcanhar. A dor fez o caçador largar a rede e a pomba fugiu para um ramo mais alto.
De lá, ela arrulhou para a formiga:
- Obrigada, querida amiga.
"Uma boa ação se paga com outra."
Fábula de Esopo

terça-feira, 6 de abril de 2010

REFLEXÃO

O Eterno Deus diz :Aquí está o meu servo a quem Eu fortaleço.o meu escolhido, que dá muita alegria ao meu coração. Pus nele o meu espìrito.Ele anunciará a minha vontade a todos os povos. Não critará, não clamará, não fará discursos nas ruas. Não esmagará um galho que está quebrado, nem apagará a luz que está fraca. Com toda dedicação ele anunciará, a minha vontade. As nações distantes estão esperando para receber os seus ensinamentos . (isaìas capìtulo 42:1 -4 )

segunda-feira, 5 de abril de 2010

CRÔNICA - CAMINHO DA LUZ

EU NÃO ERA BONITO NEM SIMPATICO, NEM TINHA BELEZA QUE CHAMASSE ATENÇÃO ! EU FUI REGEITADO E DESPREZADO POR TODOS OS HOMENS ; EU SUPORTEI DORES E SOFRIMENTOS SEM FIM. EU ERA UMA PESSOA QUE NINGUEM SUPORTAVA VER; NO ENTANTO ERA O SOFRIMENTO DELES QUE EU CARREGAVA EM MEUS OMBROS ELES PENSÁVAM QUE ERA POR CAUSA DOS MEUS PECADOS QUE EU ERA CASTIGADO, PORÉM MEU SOFRIMENTO ERA POR CAUSA DA MALDADE DELES. ELES ERAM COMO OVELHAS QUE HAVIAM SE PERDIDOS,CADA UM DELES SEGUIA O SEU PRÒPRIO CAMINHO. EU FUI MALTRADO, HUMILHADO E DESPREZADO POR TODOS OS HOMENS.MAS PERMANECIE CALADO EM SILÊNCIO ! COMO UM CORDEIRO QUE VAI PARA O MATADORO ELES ME CONDUZIRÃO AO SACRIFICIO, COMO UMA OVELHA QUE CORTÃO SUA LÃ. EU FUI PRESO, MALTRADO E HUMILHADO ! NINGUEM SE IMPORTOU COM O QUE IA ACONTECER COMINGO EU FUI EXPULSO DO MUNDO DOS VIVOS, FUI MORTO POR AMOR AO MEU POVO, MEU NOME JESUS.

CRÔNICA -