terça-feira, 4 de agosto de 2009

BOM CORAÇÃO

No tempo do Buda vivia uma velha mendiga chamada Confiando na Alegria. Ela observava os reis, príncipes e o povo em geral fazendo oferendas ao Buda e a seus discípulos, e não havia nada que quisesse mais do que poder fazer o mesmo. Saiu então pedindo esmolas, mas, no fim do dia não havia conseguido mais do que uma moedinha.
Levou a moedinha ao mercado para tentar trocá-la por algum óleo, mas o vendedor lhe disse que aquilo não dava para comprar nada. Entretanto, quando soube que ela queria fazer uma oferenda ao Buda, encheu-se de pena e deu-lhe o óleo que queria. A mendiga foi para o mosteiro e acendeu a lâmpada. Colocou-a diante do Buda e fez o seguinte pedido: — Nada tenho a oferecer senão esta pequena lâmpada. Mas, com esta oferenda, possa eu no futuro ser abençoada com a Lâmpada da Sabedoria. Possa eu libertar todos os seres das suas trevas, purificar todos os seus obscurecimentos e levá-los à Iluminação.
Durante a noite, o óleo de todas as lâmpadas havia acabado. Mas a lâmpada da mendiga ainda queimava na alvorada, quando Maudgalyayana — o discípulo do Buda — chegou para recolher as lâmpadas. Ao ver aquela única lâmpada ainda brilhando, cheia de óleo e com pavio novo, pensou: 'Não há razão para que essa lâmpada continue ainda queimando durante o dia', e tentou apagar a chama com os dedos, mas foi inútil. Tentou abafá-la com suas vestes, mas ela ainda ardia. O Buda, que o observava há algum tempo, disse: — Maudgalyayana: você quer apagar essa lâmpada? Não vai conseguir. Não conseguiria nem movê-la daí, que dirá apagá-la. Se jogasse nela toda a água dos oceanos, ainda assim não adiantaria. A água de todos os rios e lagos do mundo não poderia extinguir esta chama. — Por que não? — Perguntou o discípulo de Buda.
— Porque ela foi oferecida com devoção e com pureza de coração e de mente. Essa motivação produziu um enorme benefício.
Quando o Buda terminou de falar, a mendiga se aproximou e ele profetizou que no futuro ela se tornaria um Perfeito Buda e seria conhecido como Luz da Lâmpada.
*
Em tudo, o nosso sentimento é o que importa. A intenção, boa ou má, influencia diretamente nossa vida no futuro. Qualquer ação, por mais simples que seja, se feita com coração, produz benefícios na vida das pessoas.

CIDADE FANTASMA

Um grupo de viajantes, tendo ouvido falar de uma cidade cheia de tesouros, parte para enfrentar uma difícil jornada. Para chegar à cidade, teriam que percorrer uma estrada extremamente longa que atravessava desertos, florestas e terras perigosas. Nenhum trecho dessa estrada era seguro e os viajantes teriam de ter muita coragem e persistência para atingir sua meta.
Haviam completado mais da metade da jornada e acabado de sair de uma densa floresta, quando o guia que os conduzia, que conhecia bem o caminho, avisou que logo iriam se aventurar por um deserto.
O sol escaldante e as fortes tempestades de areia provaram ser demais para eles. Os viajantes estavam tão cansados que começaram a perder a coragem e a querer desistir dos tesouros em troca da segurança de seus lares que haviam deixado para trás. O guia, contudo, estava determinado a levar todos, não importando como. Ele usou, então, seus poderes místicos, fazendo surgir uma cidade monumental no meio do deserto.
Instantaneamente, os viajantes tiveram uma visão fantástica. Apareceu 'do nada' um lindo oásis repleto de árvores, por entre as quais viram uma cidade. Imediatamente, correram até lá com grande alegria. Todo o cansaço, todas as dores e todo o desânino desapareceram em um instante, para dar lugar ao otimismo, à alegria e à esperança. Eles se banharam, saborearam comidas deliciosas e dormiram tranqüilamente. Em suas conversas, nem cogitavam a idéia de desistir da jornada e de retornar aos seus lares.
Na manhã seguinte, logo que despertaram, ficaram estarrecidos ao ouvir o guia lhes dizer que tinham de deixar aquele lugar maravilhoso e seguir viagem.
— Mas, este é exatamente o paraíso que procurávamos por tanto tempo! — exclamou um deles.
Não. — respondeu o guia — Os senhores nem sequer alcançaram o primeiro terço da jornada. Este é somente um ponto de descanso, um lugar para se refrescarem. Acreditem! O destino final é muito mais belo do que esta cidade e não está tão longe. Agora que tivemos tempo para descansar e relaxar, teremos que continuar nossa peregrinação.
Dito isso, a cidade desapareceu na areia.

O LOBO E O CORDEIRO( La Fontaine)
Um cordeiro a sede matava Nas águas limpas de um regato. Eis que se avista um lobo que por lá passava Em forçado jejum, aventureiro inato.E lhe diz irritado: — Que ousadia A tua, de turvar, em pleno dia, A água que bebo! Hei de castigar-te! — Majestade, permiti-me um aparte —Diz o cordeiro. — Vede:Estou matando a sede Com água a jusante, Bem uns vinte passos adiante De onde vos encontrais. Assim, por conseguinte, Para mim seria impossível Cometer tão grosseiro acinte. — Mas turvas. E, ainda mais horrível, Foi que falaste mal de mim no ano passado.— Mas como poderia — pergunta assustado O cordeiro — se eu não era nascido? — Ah, não? Então deve ter sido Certamente teu irmão. — Peço-vos perdão Mais uma vez.Mas deve ser engano, Pois eu não tenho mano. — Então, algum parente. Teus tios, teus pais...Cordeiros, cães, pastores, Vós não me poupais; Por isso, hei de vingar-me. E o leva até o recesso da mata,Onde o esquarteja e come sem processo.

A CIGARRA E A FORMIGA(Joelmir Beting)
Concordar ou discordar do conteúdo do texto a seguir é privilégio de cada um. Refletir sobre ele é uma necessidade e um obrigação cidadã.
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De fora para dentro, o capital volátil reaparece e o capital produtivo desacelera. Falam os números do primeiro trimestre, divulgados quinta-feira. Mas é preciso interpretar o que os números estão falando para não se tirar conclusões desconectadas nem fazer projeções furadas. O capital volátil, por semântica, é de caráter especulativo e/ou transitório. Entra e sai do País como quem, fora de hábito, entra e sai da ducha fria: sempre correndo. Acionado por bancos e fundos, ele é movido a risco-país, sinalizador terceirizado de qualidade duvidosa. Dá carona também a créditos de curtíssimo prazo e a movimentos de cash-flow das transnacionais aqui estabelecidas. Nada contra. O capital produtivo é internado, para ficar, pelas mesmas empresas transnacionais no desenvolvimento de seus projetos e negócios da economia real. O retorno é parcial e homeopático. Ao contrário dos juros, a repatriação de lucros não constitui exigível com data marcada. Nos juros, a repatriação do empréstimo ocorre antes mesmo da conclusão do projeto ou da operação da empresa. Nos lucros, a remessa só ocorre se a empresa apurar ganhos na atividade econômica e se quiser repatriar alguma fração desses ganhos. Até porque, se o Brasil dá lucro nos mercados de bens e serviços operados por elas, o negócio é reaplicar todo o lucro aqui mesmo. A maioria delas tem feito isso. E mais: no capital produtivo de fora para dentro, junto com a poupança externa desembarcam a tecnologia, a gestão, o emprego, o salário, o tributo, a competição. O comparativo é acaciano, mas adequado para a leitura correta dos números que se seguem. No primeiro trimestre, entraram pelo capital produtivo exatos US$ 1,977 bilhão. Contra US$ 4,7 bilhões no mesmo período do ano passado. Um tombo de 57%. Com boa explicação ou justificativa na tremenda desvalorização do real de lá para cá. O dólar das múltis, no ponta a ponta, cresceu 43% em poder de compra no mercado interno. No mesmo cotejo, o ingresso do capital volátil passou de US$ 149 milhões no primeiro trimestre de 2002 para exatos US$ 1,965 bilhão aqui em 2003. Deu empate técnico com o capital produtivo. Além do efeito câmbio, a desaceleração estatística do investimento das transnacionais tem algo a ver, não com a 'queda da confiança das múltis no futuro da economia brasileira', mas com a digestão de sucuri da 'grande invasão' nos oito anos da Era FHC. De 1995 a 2002, elas trouxeram para cá nada menos de US$ 143 bilhões (a dólar de 2001). Entre os 10 maiores emergentes, o Brasil só perdeu em recepção, nesse longo período, para o pirotécnico advento da China, endereço de um terráqueo em cada cinco. O importante é que o capital produtivo vai continuar, aí pela proa, com ingresso acima de US$ 12 bilhões por ano. O resto é desinformação.

UMA MANEIRA DE COMPREENDER O SIGNIFICADO DA PAZ PROFUNDA

Havia um Rei que ofereceu um grande prêmio ao artista que fosse capaz de captar em uma pintura a Paz Profunda.
Muitos artistas apresentaram suas telas.
O Rei observou e admirou todas as pinturas, mas houve apenas duas de que ele realmente gostou e teve de escolher entre ambas.
A primeira era um lago muito tranqüilo. Este lago era um espelho perfeito onde se refletiam plácidas montanhas que o rodeavam. Sobre elas encontrava-se um Paraíso muito azul com tênues nuvens brancas.
Todos os que olharam para esta pintura pensaram que ela refletia a Paz Profunda.
A segunda pintura também tinha montanhas. Mas estas eram escabrosas e estavam despidas de vegetação. Sobre elas havia um Paraíso tempestuoso do qual se precipitava um forte aguaceiro com relâmpagos e trovões. Montanha abaixo parecia retumbar uma espumosa torrente de água. Tudo isto se revelava nada pacífico.
Mas, quando o Rei observou mais atentamente, reparou que atrás da cascata havia um arbusto crescendo de uma fenda na rocha. Neste arbusto encontrava-se um ninho. Ali, em meio ao ruído da violenta turbulência da água, estava um passarinho placidamente sentado no seu ninho... Em Profunda Paz!
O Rei escolheu a segunda tela e explicou: — PAZ PROFUNDA não significa estar em um lugar sem ruídos, sem problemas, sem trabalho árduo para realizar ou livre das dores e das tentações da encarnação. PAZ PROFUNDA significa que, apesar de se estar em meio a tudo isso, permanecemos calmos e confiantes no SANTUÁRIO SAGRADO do NOSSO CORAÇÃO. Lá encontraremos a Verdadeira PAZ PROFUNDA. Em SILENCIOSA MEDITAÇÃO.

AHMAD MUSSAIN E O IMPERADOR

O Imperador Mahmud El-Ghazna passeava um dia com o sábio Ahmad Mussain, que tinha reputação de ler pensamentos. O Imperador, há algum tempo, vinha tentando que o sábio fizesse diante dele uma demonstração de sua capacidade. Como Ahmad se recusava a fazer a sua vontade, Mahmud havia decidido recorrer a um ardil para que o sábio, sem o perceber, exercesse seus extraordinários dotes na sua presença. — Ahmad — chamou o Imperador. — Que desejas, Senhor? — Qual é o ofício do homem que está perto de nós? — É um carpinteiro. — Como se chama? — Ahmad, como eu. — Será que comeu alguma coisa doce recentemente? — Sim, comeu. Chamaram o homem e ele confirmou tudo o que o sábio havia dito. — Tu — disse o Imperador — te recusaste a fazer uma demonstração dos teus poderes na minha presença. Percebeste que te forcei, sem que o notasses, a demonstrar tua capacidade, e que o povo te transformaria num santo se eu contasse em público as revelações que me fizeste? Como é possível que continues ocultando a tua condição de sufi e pretendas passar por um homem qualquer? — Admito que posso ler pensamentos — concordou Ahmad — mas o povo não percebe quando faço isso. Minha dignidade e meu amor-próprio não me permitem exercer esse dom com propósitos frívolos. Por isso meu segredo continua ignorado. — Mas admites que agora mesmo acabas de usar teus poderes? — Não, absolutamente não. — Então como pudeste responder minhas perguntas acertadamente? — Facilmente, Senhor. Quando me chamaste, esse homem virou a cabeça, o que me indicou que seu nome era igual ao meu. Deduzi que era carpinteiro porque, neste bosque, só dirigia o olhar para árvores aproveitáveis. E sei que acabara de comer alguma coisa doce, porque vi que estava espantando as abelhas que procuravam pousar nos seus lábios. Lógica, meu Senhor. Nada de dons ocultos ou especiais.

ATREVIMENTO DE BILL GATES
Há poucos meses recebi um e-mail relatando que, em uma recente feira de informática (COMDEX), Bill Gates (de todos nós) fez uma infeliz e impensada comparação entre a indústria de computadores e uma específica indústria automobilística, e declarou: — Se a GM tivesse evoluído tecnologicamente tanto quanto a indústria de computadores, estaríamos todos dirigindo carros que custariam 25 dólares e que fariam 1000 milhas por galão. (Algo em torno de 420 km/l – UM LIGEIRO EXAGERO). A General Motors, respondendo na bucha o atrevimento, divulgou o seguinte comentário a respeito desta declaração:
SE A MICROSOFT FABRICASSE CARROS:
1) Todas as vezes que fossem repintadas as linhas das estradas você teria que comprar um carro novo.
2) Ocasionalmente, dirigindo a 90 km/h, de repente, seu carro morreria na auto-estrada sem nenhuma razão aparente, e você teria apenas que aceitar isso e religá-lo (desligar o carro, tirar a chave do contato, fechar o vidro, sair do carro, fechar e trancar a porta, abrir e entrar no carro, sentar-se no banco, abrir o vidro, colocar a chave no contato e ligar) e... seguir adiante.
3) Ocasionalmente, a execução de uma manobra à esquerda, poderia fazer com que seu carro parasse e falhasse. Você teria então que reinstalar o motor! Por alguma estranha razão, você aceitaria isso também.
4) A Apple faria um carro em parceria com a Sun, confiável, cinco vezes mais rápido e dez vezes mais fácil de dirigir. Mas apenas poderia rodar em 5% das estradas.
5) Os indicadores luminosos de falta de óleo, de gasolina e de bateria seriam substituídos por uma simples ‘Falha Geral ou Defeito Genérico’.
6) Os novos assentos obrigariam a todos a terem o mesmo tamanho ‘default’ de bumbum.
7) Em um acidente, antes de entrar em ação, o sistema de ‘air bag’ perguntaria: ‘Você tem certeza de que quer usar o ‘air bag?’.
8) No meio de uma descida pronunciada e perigosa, quando você ligar ao mesmo tempo o rádio, o ar condicionado e as luzes, ao pisar no freio, apareceria uma mensagem do tipo ‘este carro realizou uma operação ilegal e será desligado’!
9) Se desligar o seu carro 98 utilizando a chave, sem antes ter desligado o rádio ou o pisca-alerta, quando for ligá-lo novamente, ele iria checar todas as funções do carro durante meia hora, e ainda lhe daria uma bronca para não fazê-lo novamente.
10) A cada novo lançamento de carro, você teria que reaprender a dirigir, voltar à auto-escola e tirar uma nova carteira de motorista.
11) Para DESLIGAR seu carro, você teria que apertar o botão ‘Iniciar’

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